segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quando a derrota se torna mais interessante que a vitória


Ao longo da história, o futebol brasileiro sempre foi pródigo em presentear os torcedores com regulamentos esdrúxulos, para não falar das famigeradas viradas de mesa que vez ou outra assombravam o esporte nacional. Com o advento do Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671, de 2003), a situação melhorou um pouco. Passou a haver um maior respeito ao mérito desportivo e, principalmente, uma segurança com relação ao cumprimento dos regulamentos.

Os nossos dirigentes, entretanto, continuam sendo, em sua maioria, os mesmos. Aqueles de tempos em que os regulamentos podiam ser rasgados ou de fórmulas de disputas mirabolantes. Vez ou outra, ao que parece, eles tentam voltar a exercer aquela criatividade caricata de outrora. Eis que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) resolveu presentear os torcedores com um regulamento curioso. Uma fórmula em que, por mais incrível que possa aparentar, a derrota se tornará, para alguns clubes, mais interessante que a vitória.

Com a reformulação do calendário do futebol brasileiro, a Copa do Brasil teve seu período de duração estendido e, desta forma, ocorrerá de forma concomitante com o Campeonato Brasileiro, a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana. Pois bem, ao contrário do que acontece na Europa (em que um clube disputa o campeonato nacional, a copa nacional [e a copa da liga, no país em que existe] e o torneio continental), no Brasil, o clube que quiser disputar a Copa Sul-Americana de 2013 não poderá se classificar para as oitavas de final da Copa do Brasil. Por conta do calendário genial de nosso futebol, é inviável que um clube dispute os dois torneios.

Diante disto, chega-se a uma aberração sem precedentes: um time poderá entrar em campo para perder! Ou seja, ao contrário do que é lógico e natural no esporte, que é a busca pela vitória, o clube que quiser disputar um torneio continental terá que abrir mão da vitória em uma competição nacional (optando pela derrota desportiva).

Essa regra é uma contradição diante do modelo desportivo no qual o futebol brasileiro encontra seus alicerces e sua estrutura. No que diz respeito à forma de disputa de nossas competições, nós nos inserimos no sistema vertical.

Como se estrutura o sistema vertical?

O sistema vertical encontra seus pressupostos no mérito desportivo, quer dizer, na obtenção dos resultados desportivos em uma competição a fim de se ascender ou descender, bem como de se obter classificação a uma competição internacional.

As competições ocorrem simultaneamente, e um clube pode ser campeão ou chegar a uma competição internacional, como, ao mesmo tempo, corre o risco de ser rebaixado; enquanto que um clube de divisão hierárquica inferior pode ascender através de suas conquistas desportivas e, um dia, almejar chegar a uma competição internacional.

A regra de classificação para a Copa Sul-Americana é uma contradição ao próprio sistema em que o futebol brasileiro está inserido e no qual encontra sua base de sustentação (jurídica, lógica e, acima de tudo, desportiva).

Exemplo prático da aberração:

O Náutico disputou a Copa Libertadores da América em 1968. Os torcedores alvirrubros se orgulham de dizer que são os pioneiros do estado de Pernambuco na mais importante competição da América do Sul.

Com a boa campanha no Campeonato Brasileiro de 2012, em que terminou na 12ª colocação com 49 pontos, o Náutico tem a possibilidade de, em 2013, voltar a ser o pioneiro de Pernambuco em outra competição continental. Desta vez, a Copa Sul-Americana.

Entretanto, para poder disputar a Sul-Americana, o Timbu poderá se ver diante de uma situação em que terá que PERDER na Copa do Brasil para participar da competição continental.

Chegando à terceira fase da Copa do Brasil 2013, o Náutico terá que optar entre prosseguir na competição nacional ou preferir ser eliminado para, assim, ter o direito de disputar a Copa Sul-Americana e, desta forma, concretizar o sonho de voltar a uma competição nacional (novamente na condição de pioneiro em seu estado).

Entenderam o contrassenso da regra? Em nosso modelo desportivo, o grande objetivo é a busca por vitórias e títulos. O sucesso desportivo (ganhar jogos, ser campeão) está acima de tudo, dentro da lógica da estrutura do nosso futebol.

Estava. A CBF criou uma fórmula em que perder pode ser melhor do que vencer. Uma regra em que um clube entrará em campo à procura não da vitória, mas sim à espera da derrota.

É ou não é uma aberração?

Náutico será único pernambucano na elite pela oitava vez


Ontem, o Náutico venceu o Sport por 1 x 0 e rebaixou o rival para a Série B. Em 2013, o Náutico será o único representante de Pernambuco na Série A. Com isso, o clube alvirrubro será o único pernambucano na elite do futebol nacional pela oitava vez na história. Iguala-se, assim, ao próprio Sport.

Vale ressaltar que eu levo em consideração todos os campeonatos nacionais a partir da Taça Brasil de 1959, de acordo com a unificação da própria CBF (que ocorreu em 2010). É por conta dessa unificação, por exemplo, que todos se referem ao título do Fluminense como o quarto nacional de sua história. Sobre o tema, é possível ler minha opinião aqui: http://conversasfutebolisticas.blogspot.com.br/2012/05/unificacao-dos-titulos-do-campeonato.html

É possível que se diga que entre 1959 e 1970 (Taça Brasil e Taça de Prata – Robertão), não havia segunda divisão. É bom lembrar, então, que de 1973 a 1979 só houve a 1ª Divisão. Para não falar de campeonatos como os de 1987 ou 2000 (cada um com sua peculiaridade).

Por fim, mesmo que você queira insistir que não se devam levar em consideração as Taças Brasil e de Prata, 2013 não será o primeiro ano do Náutico como único pernambucano na Série A/1ª Divisão. Em 1990, o alvirrubro foi o único representante de Pernambuco na elite nacional.

Náutico, 8 vezes: 1961, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968*, 1990 e 2013
Sport, 8 vezes: 1959, 1962, 1963, 1995, 1996, 1997, 1998 e 1999
Santa Cruz, 3 vezes: 1960, 1969 e 1970.

*O Náutico foi o único pernambucano tanto na Taça Brasil quanto na Taça de Prata (Robertão).

domingo, 25 de novembro de 2012

Único pernambucano na elite do futebol nacional

É muito grande a possibilidade de o Náutico ser o único representante de Pernambuco na elite do futebol brasileiro. Muita gente, entretanto, pensa que esta será a primeira vez na história do Campeonato Brasileiro que o Náutico estará sozinho como clube pernambucano na elite. Mas não é assim.

A se confirmar o rebaixamento do Sport no próximo domingo (o rubro-negro tem que ganhar do Náutico nos Aflitos e torcer por uma derrota de Portuguesa ou Bahia, para permanecer na Série A em 2013), esta será a oitava vez que o Náutico representará, sozinho, o estado de Pernambuco na elite. Desta forma, vai se igualar ao Sport, que em oito ocasiões foi o único pernambucano na elite nacional.

Vale ressaltar que eu levo em consideração todos os campeonatos nacionais a partir da Taça Brasil de 1959, de acordo com a unificação da própria CBF (que ocorreu em 2010). É por conta dessa unificação, por exemplo, que todos se referem ao título do Fluminense como o quarto nacional de sua história. Sobre o tema, é possível ler minha opinião aqui: Unificação dos títulos do campeonato brasileiro.

É possível que se diga que entre 1959 e 1970 (Taça Brasil e Taça de Prata – Robertão) não havia segunda divisão. É bom lembrar, então, que de 1973 a 1979 só houve a 1ª Divisão. Para não falar de campeonatos como os de 1987 ou 2000 (cada um com sua peculiaridade).

Por fim, mesmo que você queira insistir que não se devam levar em consideração as Taças Brasil e de Prata, 2013 não será o primeiro ano do Náutico como único pernambucano na Série A/1ª Divisão. Em 1990, o alvirrubro foi o único representante de Pernambuco na elite nacional.

Sport, 8 vezes: 1959, 1962, 1963, 1995, 1996, 1997, 1998 e 1999
Náutico, 7 vezes: 1961, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968* e 1990
Santa Cruz, 3 vezes: 1960, 1969 e 1970.

*O Náutico foi o único pernambucano tanto na Taça Brasil quanto na Taça de Prata (Robertão).

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Alepe aprova: álcool sim, meia-entrada não



Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que sempre fui contrário à legislação que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol de Pernambuco.

E minha posição sempre se fundamentou no fato de eu acreditar que a violência entre as torcidas de futebol não ocorre por conta do consumo de bebida alcoólica dentro do estádio. E por diversos motivos.

Por exemplo, as bebidas são consumidas livremente nos arredores das praças esportivas (pior: dentro das áreas sociais dos próprios clubes). Além disso, o grande foco de violência em torno do futebol em nosso país ocorre nos confrontos entre as torcidas organizadas, o que independe do consumo de álcool (e até mesmo dos jogos de futebol em si), como pudemos verificar nesta semana, nas brigas entre Fanáutico e Torcida Jovem.

Em suma, o problema da violência no futebol brasileiro é estrutural. Proibir a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios é uma medida inócua, pois ela não combate o mal em sua essência e não contribui em nada para a reestruturação dos eventos esportivos locais.

Posto isto, passo a comentar o recente projeto que foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco.

A Alepe aprovou o consumo de bebidas alcoólicas na Arena Pernambuco durante os jogos das Copas das Confederações e do Mundo. Também foi aprovada a determinação de que não haverá o direito à meia-entrada para estudantes, idosos e professores (ao contrário do que acontece em todos os eventos esportivos e culturais no estado).

Pois bem, o curioso é que as duas medidas são totalmente convergentes aos interesses da Fifa. A entidade responsável pelo futebol mundial não investiu um centavo na construção da Arena Pernambuco, muito menos contribuiu financeiramente para as mais variadas obras de infraestrutura que estão em andamento, no Recife e Região Metropolina. Mas será ela que mais lucrará com tudo o que envolverá as marcas das  já referidas competições.

Nas duas determinações, há um interesse (da Fifa) em comum e ele é financeiro.

No caso das bebidas alcoólicas a razão é comercial. Um dos principais patrocinadores dos torneios Fifa é a AB InBev, proprietária das marcas Budweiser e Brahma.

Já a questão da meia-entrada está relacionada ao lucro com as vendas dos ingressos. Ao invés de ser obrigada a separar uma determinada quantidade de ingressos para vender a um preço mais acessível, a Fifa pode vender essa mesma quantidade de ingressos a um preço mais elevado, aumentando, assim, sua margem de faturamento no evento.

A perda do direito à meia-entrada é um absurdo do ponto de vista do Direito do Consumidor. Depois de anos para que o Código de Defesa do Consumidor passasse a ser valorizado e respeitado, RASGA-SE, mesmo que temporária e transitoriamente, uma legislação que visa a proteger o cidadão, mesmo que apenas quando este se encontra na condição de consumidor (como se quem não tivesse condições de consumir fosse um cidadão inferior, mas isso é tema para outro debate).

A liberação da venda de bebidas alcoólicas na Arena Pernambuco, por seu turno, demonstra como o Poder Público constituído no estado de Pernambuco agiu em defesa não dos cidadãos pernambucanos, mas sim dos interesses econômicos daqueles que têm a ganhar com os torneios da Fifa que se realizarão em nosso estado.

Mais do que isso, essa questão que tem um "objetivo muito claro e prazo de vigência bastante limitado" (como destacou o líder do Governo, Waldemar Borges, do PSB de Eduardo Campos), expõe a inocuidade da norma que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios pernambucanos nos demais eventos esportivos.

Essa flexibilização temporária e transitória corrobora com o ponto de vista de que as bebidas alcoólicas não são a causa da violência no futebol.

Vale lembrar que na Inglaterra, país que é exemplo inequívoco não apenas do combate à violência no futebol, mas também na reestruturação de todo o esporte nacional (que transformou um campeonato falido e sem crédito na liga de futebol mais lucrativa do mundo e uma das quatro ligas esportivas mais importantes do planeta), a venda de bebidas alcoólicas é permitida nos estádios da Premier League.

No campeonato inglês, os estádios recebem licenças especiais, que permitem a comercialização 15 minutos antes do começo do jogo, nos 15 minutos anteriores ao final do primeiro tempo e nos 15 minutos após o início do segundo.

Geoff Pearson, professor de direito da Universidade de Liverpool, autor de um livro sobre violência e torcedores ingleses, comentou sobre o tema em recente entrevista à BBC. "Não tenho dúvida de que existe pressão comercial para permitir a venda de cerveja". E ainda criticou que, em algumas competições europeias organizadas pela Uefa, a venda de bebida alcoólica seja proibida para o torcedor comum, mas permitida em áreas Vips e executivas dos estádios. “Se você paga uma certa quantia pelo seu ingresso, eles confiam que você pode beber, mas um torcedor comum, não.” 

Ou seja, mais uma vez, fica claro que o problema da violência não se limita à cerveja que o torcedor consome.

Entretanto, voltando a Pernambuco, mais especificamente para a Arena Pernambuco, o torcedor do Náutico não poderá consumir cerveja no estádio em que seu clube mandará os jogos. Mas o cidadão pernambucano verá espanhóis, uruguaios e, claro, brasileiros, consumindo uma Budweiser na mesma Arena Pernambuco nos meses de junho/julho de 2013 e 2014.

Em tempo, a Alepe tem 49 Deputados Estaduais. A medida foi aprovada por 47 (incluindo os deputados do PSB de Eduardo Campos e os do PT como o ex-presidente do Náutico André Campos). Frise-se que Daniel Coelho, do PSDB, embora tenha votado favoravelmente, defendeu que o tema não poderia ficar restrito às duas competições e o debate deveria ser mais amplo.

Apenas dois deputados foram contra. E esses dois o fizeram por se oporem intransigentemente ao consumo de bebidas alcoólicas no estádio. Estamos bem servidos...

Por fim, que sejam vendidas bebidas alcoólicas na Arena Pernambuco, sim! Mas que tal medida seja estendida a todos os eventos e praças esportivas do estado de Pernambuco. Que não fique restrita aos torneios da Fifa. Ahh! Só mais uma coisinha... Com meia-entrada, claro!

domingo, 16 de setembro de 2012

FC Porto - O rei de vendas da Europa


Matéria assinada por mim, publicada na edição deste domingo do jornal Diario de Pernambuco, caderno Super Esportes.

A milionária fábrica de negócios do Porto. Clube português dá lição de gestão esportiva em plena crise econômica no Velho Continente.

Na semana passada, o Porto (Portugal) anunciou aquela que foi a maior transferência do mercado europeu de 2012 e a sexta maior negociação de um jogador na história do futebol. O atacante da Seleção Brasileira, Givanildo Vieira de Souza, mais conhecido como Hulk, foi vendido pelos portugueses ao Zenit (Rússia) por estratosféricos 60 milhões de euros. A negociação pegou o próprio jogador de surpresa, que já não esperava sair do Porto em 2012/13, principalmente após o fechamento do mercado para os principais campeonatos da Europa (que ocorrera no dia 31 de agosto). Mas o mercado russo tem prazos diferentes da Europa Ocidental e no dia 03 de setembro o negócio entre Porto e Zenit ficou acertado.

Hulk foi a maior venda não só da história do Porto, como também do mercado do futebol português. Porém, a transferência do atacante da Seleção Brasileira não foi uma novidade na realidade do Porto, clube mais bem sucedido no futebol lusitano nas últimas três décadas. E o sucesso portista não é apenas desportivo, em que ganhou 19 dos últimos 30 campeonatos nacionais, além de dois Mundiais, duas Ligas dos Campeões e duas Ligas Europas. Os Dragões também são muito bem sucedidos no mercado de transferências.

Levando em consideração apenas as negociações ocorridas nos últimos dez anos, o clube portuense já faturou espantosos 508 milhões de Euros em vendas de jogadores. A primeira grande venda foi a do zagueiro Jorge Andrade para o La Coruña (Espanha). O Porto negociou o atleta em 2002 por 13 milhões de Euros. Daí em diante, foram diversas vendas milionárias, 11 delas acima dos 20 milhões.

Mais do que os altos valores pelos quais negocia os seus atletas, o Porto se notabiliza pelo fato de, em regra, não gastar muito dinheiro quando vai às compras, o que lhe rendeu um enorme lucro nos últimos anos. As 15 maiores vendas do clube (ocorridas a partir da conquista da Liga dos Campeões de 2003/04) renderam 394 milhões de Euros brutos aos cofres do clube. Descontados os valores gastos nas contratações destes mesmos 15 atletas (56,1 milhões), o Porto teve um lucro final de 337,9 milhões de euros.

A venda de Hulk chama a atenção pelos valores (60 milhões) e por ser a mais recente. Mas vale lembrar, por exemplo, que o Porto contratou o colombiano Falcao ao River Plate por 5 milhões de euros e, dois anos depois, vendeu o atacante para o Atlético de Madrid por 40 milhões (mais sete milhões por objetivos). O meio-campo Deco, atualmente no Fluminense, foi contratado por 100 mil euros ao Salgueiros (da cidade do Porto). Cinco anos depois, o astro da conquista da Liga dos Campeões 2003/04 foi vendido ao Barcelona por 21 milhões. Com a saída de Deco, o Barcelona incluiu Ricardo Quaresma no negócio. O português foi avaliado em 6 milhões. Posteriormente, o Porto vendeu o atacante à Inter de Milão por 25 milhões.

O caso mais emblemático de valorização de um jogador portista é o do lateral esquerdo francês Aly Cissokho. O defensor foi contratado em janeiro de 2009 junto ao Vitória de Setúbal por 300 mil euros. Seis meses depois, em julho de 2009 o Lyon (França) pagou 15 milhões de euros para contar com os serviços do lateral francês. Ou seja, em seis meses, o Porto valorizou o jogador 50 vezes.

Confira o quadro com as 15 maiores transferências do Porto (clique na imagem para ampliá-la).


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Liga dos Campeões 2012/13 - Grupo H




- Títulos de Liga dos Campeões: 3 (Manchester United)

- Campeões nacionais: 2 (Galatasaray e Cluj)

O grupo H é mais um dos que tem um franco favorito ao primeiro lugar. Neste caso, é o Manchester United. Sporting Braga, Galatasaray e Cluj não são páreos para o gigante inglês.
Claro, Sir Alex Fergunson terá que levar a fase de grupos um pouco a sério. Acredito que a eliminação do ano passado deve ter servido para que o treinador do Manchester United tenha aprendido a respeitar mais todos os adversários de seu time.
De resto, vejo o Braga brigando com o Galatasaray pela segunda vaga nas oitavas de final.
Curiosidade: o Sporting Braga jamais foi campeão português. Junto com o Málaga, são os únicos participantes da Champions League que nunca foram campeões nacionais.



Vice-campeão inglês
3 Ligas dos Campeões (1967/68, 1998/99 e 2007/08)
1 Recopa Europeia (1990/91)
1 Supercopa Europeia (1991)
2 Mundiais de Clubes (1999 e 2008)
19 Campeonatos Ingleses



Terceiro colocado no Português 2011/12



Campeão turco
1 Liga Europa (1999/2000)
1 Recopa Europeia (2000)
18 Campeonatos Turcos



Campeão romeno
3 Campeonatos Romenos

Palpite:










1ª rodada – 19 de setembro
Manchester United x Galatasaray
Braga x Cluj

Liga dos Campeões 2012/13 - Grupo G




- Títulos de Liga dos Campeões: 7 (Barcelona 4; Benfica 2; Celtic 1)

- Campeões nacionais: 1 (Celtic)

O Grupo G é daqueles que tem um favorito absoluto e incontestável para o primeiro lugar. O Barcelona olha para seus adversários de chave e não vê qualquer ameaça à vitória no grupo.
Mesmo sem o técnico Pep Guardiola, todas as estrelas do time catalão continuam no clube, incluindo o trio Xavi, Iniesta (eleito melhor jogadora da UEFA em 2011/12) e o astro-mor Messi.
Benfica, Celtic e Spartak Moscou brigarão pela segunda vaga. Antes do fechamento do mercado, eu diria que o Benfica tinha ligeira vantagem sobre os demais competidores. Porém, após a perda do volante Javi Garcia (para o qual não tem substituto) e a não concretização da contratação do lateral esquerdo Sílvio (Atlético Madrid), eu já não vejo os portugueses assim tão fortes. O que pode abrir espaço para o bom time do Spartak Moscou (que terá o gramado sintético e o frio como aliados, não esqueçamos desses dois detalhes) e também para o tradicional Celtic.
Curiosamente, é um grupo quase que completamente de vice-campeões. Salvo o Celtic, campeão escocês, os demais fora segundo colocados em seus respectivos campeonatos nacionais.



Vice-campeão espanhol
4 Ligas dos Campeões (1992/93,  2005/06, 2008/09 e 2010/11)
4 Recopas Europeias (1978/79, 1981/82, 1988/89 e 1996/97)
3 Ligas Europas (1958/59, 1959/60 e 1965/66)
4 Supercopas Europeias (1992, 1997, 2009 e 2011)
2 Mundiais de Clubes (2009 e 2011)
21 Campeonatos Espanhóis



Vice-campeão português
2 Ligas dos Campeões (1960/61 e 1961/62)
32 Campeonatos Portugueses



Vice-campeão russo
9 Campeonatos Russos
12 Campeonatos Soviéticos



Campeão escocês
1 Liga dos Campeões (1966/67)
43 Campeonatos Escoceses

Palpite: 










1ª rodada – 19 de setembro
Barcelona x Spartak
Celtic x Benfica

Liga dos Campeões 2012/13 - Grupo F




- Títulos de Liga dos Campeões: 4 (Bayern)

- Campeões nacionais: 1 (BATE Borisov)

Grupo em que, claramente, há dois clubes que se sobressaem e são favoritos. Bayern Munique e Valencia não devem ter dificuldades para ultrapassar o Lille e o BATE. Aos franceses restará o terceiro lugar e, consequentemente, a disputa da Liga Europa.



Vice-campeão alemão
4 Ligas dos Campeões (1973/74, 1974/75, 1975/76 e 2000/01)
1 Recopa Europeia (1966/67)
1 Liga Europa (1995/96)
2 Mundiais de Clubes (1976 e 2001)
22 Campeonatos Alemães



Terceiro colocado no Espanhol 2011/12
1 Recopa Europeia (1979/80)
3 Ligas Europas (1961/62, 1962/63, 2003/04)
2 Supercopas Europeias (1980 e 2004)
6 Campeonatos Espanhóis



Terceiro colocado no Francês 20111/12
3 Campeonatos Franceses



Hexacampeão bielorrusso
8 Campeonatos Bielorrussos

Palpite: 










1ª rodada – 19 de setembro
Lille x BATE
Bayern x Valencia

Liga dos Campeões 2012/13 - Grupo E




- Títulos de Liga dos Campeões: 3 (Juventus 2; Chelsea 1)

- Campeões nacionais: 3 (Juventus, Shakhtar e Nordsjælland)

Contando com a presença do atual campeão europeu, Chelsea, o grupo E se apresenta equilibrado. Salvo o novato Nordsjælland, vejo os demais clubes com condições de brigarem por uma das duas vagas nas oitavas de final.
Claro, na teoria, Chelsea e Juventus têm ligeira vantagem sobre os ucranianos. Contudo, creio que o Shakhtar tenha capacidade de fazer feridas, principalmente quando jogar em Donetsk.



Sexto colocado no Inglês 2011/12
1 Liga dos Campeões (2011/12)
2 Recopas Europeias (1970/71 e 1997/98)
1 Supercopa Europeia (1998)
4 Campeonatos Ingleses



Campeão ucraniano
1 Liga Europa (2008/09)
7 Campeonatos Ucranianos



Campeão italiano
2 Ligas dos Campeões (1984/85 e 1995/96)
1 Recopa Europeia (1983/84)
3 Ligas Europas (1976/77, 1989/90 e 1992/93)
2 Supercopas Europeias (1984 e 1996)
2 Mundiais de Clubes (1985 e 1996)
28 Campeonatos Italianos



Campeão dinamarquês
1 Campeonato Dinamarquês

Palpite:










1ª rodada – 19 de setembro
Shakhtar x Nordsjælland
Chelsea x Juventus

Liga dos Campeões 2012/13 - Grupo D




O grupo da morte!

- Títulos de Liga dos Campeões: 14 (Real Madrid 9; Ajax 4; Dortmund 1)

- Campeões nacionais: 4 (todos)

Não é por acaso que este é o chamado “grupo da morte” desta edição da Liga dos Campeões. O grupo D reúne, pela primeira vez na história, três clubes das três ligas mais bem classificadas no ranking da UEFA – Real Madrid (Espanha), Manchester City (Inglaterra) e Borussia Dortmund (Alemanha). Além disso, todos os componentes são os atuais campeões de seus respectivos campeonatos. E se isso tudo não bastasse, entram em campo 14 títulos da Champions League (Real Madrid 9; Ajax 4 e; Dortmund 1).
Um grupo de tirar o fôlego, sem sombra de dúvida! Dos quatro, o Ajax é aquele que corre por trás. Embora, após o Real Madrid, seja o clube mais tradicional da chave, os holandeses há muito que não vivem o seu melhor momento.
Neste grupo D, na minha opinião, Real Madrid, Manchester City e Dortmund brigarão pelas duas vagas nas oitavas de final.
Os alemães têm um time muito bom. Acredito que, depois do fiasco na época passada na Liga dos Campeões, queiram demonstrar que têm força além das fronteiras germânicas.
O Manchester City é o alvo a ser batido. Depois de investir pesado, com o dinheiro árabe dos seus proprietários, o clube de Manchester finalmente voltou a ser campeão inglês depois de 44 anos. E mesmo com um elenco riquíssimo, os citizens não deixaram de investir para 2012/13. No último dia de transferências foram ao mercado contratar o lateral direito brasileiro Maicon (ex-Inter de Milão) e o volante espanhol Javi Garcia (ex-Benfica).
Por fim, mas não menos importante, o Real Madrid. Clube que dispensa comentários. No ano passado conseguiu quebrar a hegemonia recente do grande rival Barcelona e voltou a conquistar La Liga. O ambicioso e competente técnico José Mourinho, em seu terceiro ano de clube, certamente pretende acrescentar mais uma Liga dos Campeões ao seu currículo pessoal (ele tem duas, ganhou com o Porto em 2004 e com a Internazionale em 2010).



Campeão espanhol
9 Ligas dos Campeões (1955/56, 1956/57, 1957/58, 1958/58, 1959/60, 1965/66, 1997/98, 1999/2000 e 2001/02)
2 Ligas Europas (1984/85 e 1985/86)
1 Supercopa Europeia (2002)
3 Mundiais de Clubes (1960, 1998 e 2002)
32 Campeonatos Espanhóis



Campeão inglês
1 Recopa Europeia (1969/70)
3 Campeonatos Ingleses



Campeão holandês
4 Ligas dos Campeões (1970/71, 1971/72, 1972/73 e 1994/95)
1 Recopa Europeia (1986/87)
1 Liga Europa (1991/92)
2 Supercopas Europeias (1973 e 1995)
2 Mundiais de Clubes (1972 e 1995)
31 Campeonatos Holandeses



Bicampeão alemão
1 Liga dos Campeões (1996/97)
1 Recopa Europeia (1965/66)
1 Supercopa Europeia (1997)
1 Mundial de Clubes (1997)
8 Campeonatos Alemães

Palpite:










1ª rodada – 18 de setembro
Dortmund x Ajax
Real Madrid x Manchester City