Naquele que pode ser
considerado um dos mais importantes jogos da história do clássico alvinegro
paulista, o alvinegro da capital, Corinthians, foi mais feliz ao fim dos 90
minutos e se deu melhor sobre o alvinegro do litoral, Santos. O Timão fez valer
o seu mando de campo e a vantagem que conquistara na Vila Belmiro, para, com um
empate em 1 x 1, chegar à primeira final da Libertadores de sua história.
O jogo não foi,
tecnicamente, dos melhores de ser visto. Muito truncado, com o Corinthians
jogando bem ao seu estilo – rigor defensivo acima de tudo – e o Santos inerte,
sem a menor capacidade de criação, à espera unicamente dos lampejos de
genialidade de Neymar, que, embora tenha feito o gol santista, não foi bem. Além
disso, o árbitro marcou muitas faltas, várias delas desnecessárias, o que
amarrou ainda mais o andamento do jogo.
Aos 35 minutos do
primeiro tempo, Neymar, em um raro momento de lampejo, livrou-se da marcação,
construindo a jogada que terminou no gol de 1 x 0 do Santos, marcado por ele
mesmo, aproveitando o rebote do chute de Borges. O Peixe foi para o intervalo à
frente do marcador, levando a decisão para os pênaltis.
No segundo tempo, Tite
colocou Liedson em campo, buscando maior ofensividade. O Corinthians entrou
decidido a retomar a vantagem na eliminatória. E, logo aos dois minutos, após
cobrança de falta de Alex, Danilo fez o gol de empate, que daria a tão sonhada classificação
ao time de Parque São Jorge.
Precisando da vitória,
o Santos foi incapaz de pressionar o adversário. Ganso, grande maestro do
meio-campo santista, andava em campo, nitidamente sem condições físicas para um
jogo de alto nível. O jogador teve sua cirurgia adiada ao máximo e, quando
passou pelo procedimento cirúrgico, deveria ter ficado, no mínimo, um mês em
recuperação. Entretanto, o time da Vila Belmiro apressou o tratamento feito ao
meia e o colocou em campo menos de três semanas depois da artroscopia ao joelho
direito. Resultado: a jovem revelação se arrastou em campo, nos dois jogos.
Neymar, estrela
principal do futebol brasileiro na atualidade, não conseguiu se livrar da boa
marcação corintiana e, salvo o lance do gol santista, pouco conseguiu
contribuir para o seu time.
Os corintianos,
alheios aos problemas da falta de jogo coletivo santista, administraram o
resultado até o apito final. Quando o jogo acabou, o Pacaembu celebrou em
êxtase a primeira final continental do Timão.
O Corinthians chega invicto
à final. Fato que não ocorria desde 2003, quando o Santos chegou à decisão sem
derrotas. Naquele ano, o time brasileiro foi derrotado pelo Boca Juniors. Curiosidade:
o Boca joga hoje a segunda partida da outra semifinal, contra a Universidad de
Chile, e leva um 2 x 0 do primeiro jogo como vantagem.
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