Quando Corinthians x Boca Juniors entrarem em campo hoje, às
21h50, no Estádio do Pacaembu, estarão a cerca de uma hora e meia (um pouquinho
mais, se a decisão for para prorrogação e depois para pênaltis) de entrarem
para a história. O Corinthians poderá se sagrar campeão da Copa Libertadores da
América pela primeira vez e, finalmente, acabar com a gozação dos rivais
paulistas - Santos, São Paulo e Palmeiras - todos campeões da competição. Já os
argentinos do Boca Juniors poderão chegar ao sétimo título e, assim, igualarem
o rival Independiente como maiores campeões do principai torneio continental.
No jogo de ida, na semana passada, o Corinthians foi ao
estádio La Bombonera, em Buenos Aires, arrancar um empate, 1 x 1, após estar
atrás no marcador. O gol da igualdade foi marcado pelo jovem Romarinho, em sua
estreia na competição. Ele saiu do banco para deixar o Timão vivo na briga pelo
tão sonhado título das Américas. O novo xodó da Fiel já aparece como um amuleto
do time paulista.
Ao contrário de todas as fases de mata-mata do torneio, a final da Libertadores não prevê o gol marcado fora de casa como critério de desempate. Então, um 0 x 0 na noite de hoje não dará o título ao Corinthians. A final está em aberto. Um novo empate, seja qual for o resultado, levará a decisão do título para a prorrogação e, se permanecer a igualdade, para as grandes penalidades.
Para fazer história, o Corinthians deverá ter cuidado
redobrado com o ídolo do Boca Juniors, Riquelme. Este ano, ele voltou a estar
em forma e a contribuir de forma determinante para o time. E no jogo de ida, em
Buenos Aires, o Timão deu muito espaço ao camisa 10, principalmente no segundo
tempo, em que o craque xeneize jogou como pêndulo e municiou o ataque com
vários passes.
No histórico de confrontos, o Boca Juniors leva vantagem
sobre o Corinthians. Foram cinco jogos oficiais, com duas vitórias argentinas e
três empates. No total, incluindo amistosos, são 12 embates, cinco vitórias do
Boca e três do Corinthians (mais quatro empates). Na soma de gols, uma
verdadeira goleada Xeneize: 28 x 18.
Carrasco de brasileiros
Esta é a sexta vez que o Boca Juniors enfrenta um clube
brasileiro em final da Libertadores. E os argentinos são verdadeiros carrascos
dos clubes nacionais. Salvo a final de 1963, em que enfrentou nada menos que o
Santos de Pelé e, logicamente, perdeu, o Boca Juniors conquistou quatro dos
seus seis títulos continentais em cima de adversários brasileiros. Em 1977 a
primeira vítima foi o Cruzeiro. Na sequência, vieram três triunfos em
território brasileiro, Palmeiras em 2000 e Santos em 2003 na cidade de São
Paulo, local da final de hoje, e Grêmio em 2007.
Corinthians pode ser
campeão invicto
O Corinthians pode se tornar o primeiro clube campeão da
Libertadores de forma invicta em 34 anos. Com sete vitórias e seis empates em
13 jogos que realizou, o Timão pode alcançar um feito que não ocorre desde
1978. Na ocasião, o Boca Juniors, adversário na final deste ano, foi campeão
invicto.
Porém, um detalhe é curioso: a última vez que um time chegou
invicto à final da Libertadores foi o Santos, na edição de 2003. O time
santista não foi campeão. E o adversário do alvinegro praiano foi o Boca
Juniors.
Campeões invictos
Estudiantes – 1969 e 1970
Boca Juniors – 1978
Independiente – 1964
Santos – 1963
Peñarol – 1960
Ficha Técnica
Local: Estádio do Pacaembu, São Paulo/SP
Data: 04/07/2012, quarta-feira
Horário: 21h50m
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Assistentes: Abraham González e Humberto Clavijo (ambos da COL)
Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson Sheik. Técnico: Tite.
Boca Juniors: Orion; Roncaglia, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva. Técnico: Julio César Falcionis.
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