quarta-feira, 4 de julho de 2012

Para entrar na história



Quando Corinthians x Boca Juniors entrarem em campo hoje, às 21h50, no Estádio do Pacaembu, estarão a cerca de uma hora e meia (um pouquinho mais, se a decisão for para prorrogação e depois para pênaltis) de entrarem para a história. O Corinthians poderá se sagrar campeão da Copa Libertadores da América pela primeira vez e, finalmente, acabar com a gozação dos rivais paulistas - Santos, São Paulo e Palmeiras - todos campeões da competição. Já os argentinos do Boca Juniors poderão chegar ao sétimo título e, assim, igualarem o rival Independiente como maiores campeões do principai torneio continental.

No jogo de ida, na semana passada, o Corinthians foi ao estádio La Bombonera, em Buenos Aires, arrancar um empate, 1 x 1, após estar atrás no marcador. O gol da igualdade foi marcado pelo jovem Romarinho, em sua estreia na competição. Ele saiu do banco para deixar o Timão vivo na briga pelo tão sonhado título das Américas. O novo xodó da Fiel já aparece como um amuleto do time paulista.

Ao contrário de todas as fases de mata-mata do torneio, a final da Libertadores não prevê o gol marcado fora de casa como critério de desempate. Então, um 0 x 0 na noite de hoje não dará o título ao Corinthians. A final está em aberto. Um novo empate, seja qual for o resultado, levará a decisão do título para a prorrogação e, se permanecer a igualdade, para as grandes penalidades.

Para fazer história, o Corinthians deverá ter cuidado redobrado com o ídolo do Boca Juniors, Riquelme. Este ano, ele voltou a estar em forma e a contribuir de forma determinante para o time. E no jogo de ida, em Buenos Aires, o Timão deu muito espaço ao camisa 10, principalmente no segundo tempo, em que o craque xeneize jogou como pêndulo e municiou o ataque com vários passes.

No histórico de confrontos, o Boca Juniors leva vantagem sobre o Corinthians. Foram cinco jogos oficiais, com duas vitórias argentinas e três empates. No total, incluindo amistosos, são 12 embates, cinco vitórias do Boca e três do Corinthians (mais quatro empates). Na soma de gols, uma verdadeira goleada Xeneize: 28 x 18.

Carrasco de brasileiros

Esta é a sexta vez que o Boca Juniors enfrenta um clube brasileiro em final da Libertadores. E os argentinos são verdadeiros carrascos dos clubes nacionais. Salvo a final de 1963, em que enfrentou nada menos que o Santos de Pelé e, logicamente, perdeu, o Boca Juniors conquistou quatro dos seus seis títulos continentais em cima de adversários brasileiros. Em 1977 a primeira vítima foi o Cruzeiro. Na sequência, vieram três triunfos em território brasileiro, Palmeiras em 2000 e Santos em 2003 na cidade de São Paulo, local da final de hoje, e Grêmio em 2007.

Corinthians pode ser campeão invicto

O Corinthians pode se tornar o primeiro clube campeão da Libertadores de forma invicta em 34 anos. Com sete vitórias e seis empates em 13 jogos que realizou, o Timão pode alcançar um feito que não ocorre desde 1978. Na ocasião, o Boca Juniors, adversário na final deste ano, foi campeão invicto.

Porém, um detalhe é curioso: a última vez que um time chegou invicto à final da Libertadores foi o Santos, na edição de 2003. O time santista não foi campeão. E o adversário do alvinegro praiano foi o Boca Juniors.

Campeões invictos
Estudiantes – 1969 e 1970
Boca Juniors – 1978
Independiente – 1964
Santos – 1963
Peñarol – 1960

Ficha Técnica

Local: Estádio do Pacaembu, São Paulo/SP
Data: 04/07/2012, quarta-feira
Horário: 21h50m
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Assistentes: Abraham González e Humberto Clavijo (ambos da COL)

Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson Sheik. Técnico: Tite.

Boca Juniors: Orion; Roncaglia, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva. Técnico: Julio César Falcionis.

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